“Você é músico? Mas vive de quê?” (uma pergunta clássica)
Quantas pessoas ainda compram CDs hoje em dia? Além da performance – o show ao vivo – já não há mais um produto “palpável” para o músico vender. E o streaming não gera renda significativa. Mas ninguém vive sem música. E QUEM realmente faz a música? São os músicos: os MusicMakers. Ao longo das décadas, eles sempre foram os criadores, os protagonistas de toda uma cadeia produtiva. Isso pressupõe a existência de um mercado. Existe um valor atribuído à Música como bem cultural apreciado e consumido. Mas o consumo mudou. Onde está agora esse valor?
Aqueles que criam e investem nela devem ser adequadamente remunerados. Para ser um grande músico é preciso investir tempo no ofício. O mercado da Música é desejável do ponto de vista cultural e financeiro. Para que possa se perpetuar, depende da contínua criação de conteúdo pelos músicos. E esse mercado precisa sustentá-los de alguma forma, em troca de sua produção. Para que a Música sobreviva como manifestação artística e possa evoluir com originalidade, culturalmente criativa e diversa dentro do cenário atual, precisamos repensar seu valor e lugar. É preciso entender claramente como a passagem do formato analógico para o digital refletiu-se na produção de música, no seu consumo e na própria profissão. E buscar novos modelos.
Qual é o futuro da Música?
