Entre dois milênios
“Sou da “geração X”, quase “babyboomer”. Atravessei a ponte da existência analógica para a revolução digital jogando games em monitores verdes rudimentares, tocando teclados eletrônicos ou usando software de música, imagem e vídeo na vida profissional. O chip permanence como ferramenta onipresente, catalizador de uma transformação exponencial: paradigmas são quebrados, valores éticos se modificam e a civilização se reorganiza.
Diante da canibalização desordenada e veloz dos recursos da natureza provocada pelo consumo imperativo, pela busca do conforto e seus substratos – o lixo, os restos, a poluição e o desequilíbrio, vejo: a natureza humana é contraditória, o “homem-máquina” é selvagem.
Em meu trabalho, há representações simbólicas de justaposições e convivências entre o high-tech/arcaico, o oriente/ocidente, o ser online/offline de um mundo em transformação. Sinais tecnológicos de povos indígenas, pinturas rupestres de tribos urbanas.
Uma Arqueologia do Futuro.”